Sopre mesmo a sua poeira
E os refúgios da sua pele
Sopre seus segredos lentos
Num sopro que te revele
Sopre seu salmo guardado
Sopre sua agonia
Sopre sua brisa leve
E dela, faz ventania
Sopra forte o seu crime
E mais forte a sua pena
Sopre sua alma em pó
Sem vergonha dessa cena
Sopre bem exagerado
E derrube esse ninho
Tire as penas da sua cara
Você não é passarinho.
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