quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Descobertas

Descobri (...)

Ideologia no metrô
Frio num cobertor
Um futuro retrô
Batom sem cor.

Uma rosa de meia
Natal sem ceia
Uma cabeça toda oca
E estrelas no céu da boca.

Uma sexta infinita
Teto no Coliseu
Seca no Ipiranga
E novidades no museu.

Descobri água doce no oceano
Que o céu é quase plano
Descobri a contradição
E um silogismo sem conclusão.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Conselho


Abraça-me sem medo. Normalmente dias claros são também quentes... então, por favor! Larga essa infidelidade aos teus próprios passos. Quando dito minha sentença, seus ouvidos são sempre os primeiros a aceitá-la. 
Não gosto de gente limitada, acuada, mal amada. Não é bem sucedido esse mecanismo inflexível que te amarga a boca. Falta de amor seca a alma e desmotiva o espírito. Não, eu não gosto do falso mono ou uni. E nem você.
Medo de ser infeliz? Ora, a infelicidade é apenas um prefixo não fixo. Vem, abraça-me sem medo, que nos meus braços cabe qualquer sentença. Há de se ter coragem para colorir. Se for pra morrer, que seja subitamente. Se for pra chorar que seja para descontaminar. Até o pecado sabe arriscar. Arreganha tua expressão e aos berros, profetiza seus desejos, que o mundo só é surdo pra quem não sabe falar. Larga essa cara de fome, porque pra tua fome, o alimento é amar.