quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Frio


Reage. Re-age. Age! O relógio despertou e o barulho soa insistente, então levante. O tempo passa, meu caro, e a vida não espera por ninguém. Não há mais tempo para amar, não há mais tempo para mudar de roupa, não há mais tempo para fazer o curativo e nem para tentar ser cantor. Tire os patins que você pegou emprestado e devolva-os. Limpos, por favor. As oportunidades só tocam sua campainha uma vez. Adote-a. Você nem precisa de burocracia, justiça, aprovação, normas, molduras, poeira. Saber viver não requer manuais e nem penteados com laquê. Mas querer saber viver...
Tire a meia e sinta o chão gelado. Arrisque cantar músicas em outro idioma e procurar carros amarelos na rua. Que tal aquela viagem romântica?!  Crie essência, tenha impulso. O resto aparece pra todo mundo, acredite. Descubra. Seja liberto, seja granito, seja velocidade, seja uma Avenida Paulista. Lou-cu-ra. A vida lá fora me chama. Berrando e tocando trombone. Por pouco, uma orquestra. Até breve. Tô indo abrir a janela e deixar o frio entrar, com todas suas onomatopeias.