sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sertão


Na estrada queimada, correm utopias, sem rumo. Hoje, o sol está mais quente e invasivo, cegando os olhos anônimos. Por ora, saltam sonhos, calor e a sombra de um sorriso carente. Sede. A poeira faz companhia no eco e no oco que de longe, é paisagem. A saudade é uma estrada longa, que sem delongas, nem se tenta explorar. Sede. Baião e sanfona para embalar, com pimenta, pinga e um adeus de barro seco. Coisa de macho. Sede, e quase fome. No ápice da noite, usando um chapéu de palha o caboclo diz, com voz de mel, que sertão é o coração das pessoas e que a vida - mesmo de taipa - pode ser tão bela. Be-la!

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