quinta-feira, 17 de abril de 2014

Luz. Câmera. Ação!

"Que as atitudes renovem o poder das palavras. E que a palavra volte a ser novamente atitude."(Carpinejar)




Sempre associei inércia à doença. À alguma espécie de enfermidade física ou aos inúmeros tipos de doenças psíquicas. Algum trauma, fraqueza, rastro de insegura, à doença do medo, à doença que renuncia a auto-confiança. A política da opinião abstrata inunda de conforto consciências que não sentem mais a necessidade de se positivarem através de atos, riscos, acertos e erros. Ter opinião é fazer opinião. Muito "se fala", muito "se acha" e muito "se critica" nessa sociedade convencionada a ser humildemente escondida. Mas poucos se comprometem. Eu nunca entendi essas escolhas e perspectivas que fazem-se nulas diante da consensualidade humana. Eu nunca entendi o padrão mundano capaz de tolher o instinto de ação e posicionamento, o instinto de mudança, a vontade de tornar a vida mais digna a partir das próprias pernas. Atitude é, definitivamente, a palavra do século. É a retaguarda da ascensão, porque só há progresso quando há movimento. É a preliminar da notoriedade, da aparição, do reconhecimento ou até mesmo do julgamento alheio. E isso é importante, porque te torna peculiar ou, no mínimo, lembrado. O anonimato é prerrogativa de fraqueza e de temor, e a omissão é a admissão da mais nítida inutilidade e incapacidade de ser, manter, estar, falar, construir ou reconstruir. Nos tornamos quem somos, buscamos o que queremos, arcamos com as dificuldades e consequências de uma vida ativa e válida. Somos o que fazemos continuamente e só conseguimos mudar a realidade quando aplicamos a dinâmica da inquietude em nossos planos e apostas. Poucos se importarão com o seu modo de pensar, mas muitos poderão abraçar a sua causa quando ela existir como algo semeado que partiu de você, de um jeito material, real. Ação é efeito. É confronto. É o poder de produzir reações, logo, cadeias de ações que fazem o mundo funcionar. É ser honestamente merecedor das conspirações favoráveis do universo e do futuro que reflete seus indícios. Temos que estar preparados para dar o primeiro passo. Nos permitir na medida das nossas limitações pessoais mas com a evolução espiritual de confiar que tudo é instrumento para o nosso melhoramento. Que ação é o mais robusto grito de guerra. Que dar a cara a tapa é pressuposto para grandes conquistas. Que chafurdar nos conflitos não vai tornar nada menos desconfortável ou mais solúvel. Quem não atua, não vive em paz, porque a alma anseia participação, a poesia quer andar. Temos que compreender até onde aceitar é bom, até onde concordar é eloquente. Até onde subscrever faz feliz. Sempre acreditei em destino, mas nunca deleguei à ele minhas responsabilidades, nem jamais, a autenticidade dos meus sonhos. Tornem-se a própria atitude porque sua vida é sua obrigação. Simples e lógico. Quer matar a sede: busque a água. 

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